QUEM SOMOS
Ap. Jesher e sua esposa Maricleyde, são os líderes da Missão Evangélica Shekinah. Juntos, vem disseminando no Brasil e no Exterior, a palavra de Batalha Espiritual, Libertação e Cura Interior, Santidade e Unidade da Igreja de Cristo, desde 1991.
Nasci e fui criado num lar cristão, pois meu pai era pastor de igreja que fazia parte de uma denominação considerada tradicional no Brasil. Durante todo o tempo de minha infância e adolescência, recebí, através de meus pais, e do convívio na igreja, o conhecimento do Evangelho. Aos 16 anos de idade pregava meu primeiro sermão na Igreja Metodista na cidade de Osasco – parte da Grande São Paulo. Aprendi a preparar meus sermões lendo livros, usando ilustrações, e, por muitas vezes, usando os esboços de sermões que meu pai havia deixado. Meu pai faleceu quando eu estava para completar 15 anos. A partir daí, comecei uma carreira dentro dessa denominação, sempre em liderança nos departamentos da mesma. Aos 23 anos, recebia o Diploma de Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Mackenzie de São Paulo, e, aos 25 anos, casava-me com a Maricleyde, que também vinha de um lar cristão – se bem que, só o pai dela ainda não havia declarado a Jesus como Senhor, mas todos os seus irmãos e irmãs, bem como a sua mãe, já participavam da Igreja.
Pela graça de Deus, eu e minha esposa estávamos sempre juntos, participando dos trabalhos na mesma Igreja. Tivemos duas filhas e trabalhávamos incansavelmente, onde sempre fomos líderes, tanto dos jovens como da escola dominical, da administração e outros, até então ser consagrado evangelista, dividindo com o pastor principal, o púlpito da igreja local.
Aparentemente tudo parecia correr bem, afinal, do que poderia eu reclamar? Juntamente com o aumento das responsabilidades ministeriais algo também crescia no meu coração: a sinceridade diante de Deus, e isso me levou a buscar ao Senhor e a questionar sobre a verdade. Comecei a sentir que havia alguma coisa errada em minha vida, principalmente, quando preparava o próximo sermão a ser ministrado numa de nossas reuniões. Era o confronto com a realidade da minha vida: o que estava ministrando aos outros, não era bem o que vivia. Usando a Palavra de Deus, que é espelho e luz, ministrava a obra de Jesus Cristo para restaurar famílias e casamentos, todavia, o meu próprio casamento estava sendo abalado. Eu e a minha esposa estávamos em constante situações de conflito, apesar de nos amarmos muito, mas não deixava de ser, na realidade, uma vida de aparência diante das pessoas. Quando ministrava sobre fé e cura, o conflito era muito grande, pois eu mesmo era escravo de calmantes, se ficasse sem tomá-los, ou mesmo, o simples fato de não tê-los comigo em meu bolso, era suficiente para entrar em pânico e ir parar dentro de um pronto-socorro; além do fato de ser constantemente atacado por violentas enxaquecas, que me prostravam de cama, às vezes, por até três dias consecutivos. Tudo isto, aliado a uma miopia que crescia comigo desde os 18 anos – para conseguir parar um ônibus à noite, tinha que usar de uma boa estratégia: fazia sinal para todos os ônibus que passavam, e quando paravam bem perto, podia ler o destino, os quais eu ia dispensando um por um, até chegar àquele que me levaria.
Logicamente não sabia, a época, o que sei hoje, isto é, que aquilo que agia na minha vida era um espírito maligno muitas vezes pior que os espíritos que atuam na magia negra, chamado “espírito de religiosidade”. Esse espírito age de uma forma terrível, pois ele não se manifesta como os demônios que agem em feiticeiros e pessoas envolvidas com o baixo espiritismo, mas torna as pessoas religiosas, mantendo-as cativas no seu interior com aparências enganosas. Neste período da minha vida, iniciei um processo de busca desesperada diante do Senhor, e a clamar: “Senhor, eu quero sair desta situação, não quero mais pregar ou ensinar algo que eu não vivo!”. Essa foi uma oração perigosa: Eu pedi a Deus que me desse experiências claras a fim de que tudo aquilo que pregasse, também viesse a viver. Deus honrou minha oração, pois quando verdadeiramente queremos uma solução definitiva de Deus, Ele age em nossas vidas. Logicamente não precisamos pedir experiências diretas para crer no poder de Deus, basta crer em sua Palavra. Mas eu orei, e Deus então começou a trabalhar de uma forma especial em minha vida. Creia-me, não foi fácil passar por tantas experiências – passar pelas fornalhas, mas hoje eu posso dizer: Estou pregando aquilo que vivo e Deus é fiel em todas as suas promessas.
Neste mesmo tempo, fiquei sabendo sobre a ADHONEP (Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno) e que poderia encontrar ali algumas das respostas que buscava da parte de Deus. Como o Espírito Santo estava trabalhando fortemente em meu coração, nada questionei, e imediatamente fui a uma de suas reuniões, na época, uma Convenção Anual, em outubro de 1986. As primeiras reuniões foram de grande choque para mim e minha esposa. Choramos muito, durante aqueles quatro dias de Convenção. Vimos Deus operar, com milagres e maravilhas que até aquele momento só tínhamos conhecimento através de livros. As ministrações da Palavra eram tão profundas que pareciam implodir nossas vidas, era uma verdadeira revolução o que estava acontecendo conosco. Começamos numa busca maior, e assim podíamos entender melhor o que estava por trás de todo aquele poder, e na verdade não precisei esperar muito, pois a resposta veio rapidamente: “-Você precisa do Batismo com o Espírito Santo”. Na minha mente, porém, surgiu aquele pensamento: – “Batismo com Espírito… falar em línguas… isso é do diabo!” Erroneamente, havia sido ensinado que os dons do Espírito Santo não eram mais para hoje, apesar de toda bagagem adquirida no aprendizado de minha vida cristã, ainda não havia aprendido o real significado bíblico do Batismo com o Espírito Santo de Deus, pelo contrário, havia bloqueios e preconceitos dentro de mim que não imaginava serem tantos. Mas os fatos estavam ali evidentes e, por isso, passei a considerar seriamente esta possibilidade. Se isto haveria de mudar radicalmente minha vida, então eu estava disposto a aceitar o desafio de fé vindo da parte de Deus.
Travou-se então um grande conflito em meu interior. Eu queria receber o batismo com o Espírito Santo, mas não o recebia devido às barreiras e, por causa delas,, esta luta se estendeu por quase um ano. Em toda a reunião que haveria uma ministração do Batismo com o Espírito Santo, eu e minha esposa estávamos presentes, prontos para receber também, porém, quando as manifestações do Espírito Santo começavam, impedíamos a sua ação em nós. Graças a Deus pela Sua misericórdia, a qual não nos trata como massa humana, mas conhece a cada um individualmente, e nos trata como somos, com muito amor. Assim, chegou o dia preparado por Deus para nós – abril de 1987. Num seminário desta mesma Associação, no final da reunião, o Pr. Arlindo Mendes, na época pastor da Igreja Metodista em Niterói – Rio de Janeiro, veio orar conosco, e, então, orando suavemente, sem muito barulho – Deus sabia dos nossos bloqueios – mas com mansidão, pediu a Jesus que nos batizasse com o Espírito Santo, e – glórias a Deus! Nós o recebemos! Desse dia em diante, eu e minha esposa nunca mais fomos os mesmos, pois após esta experiência começamos a perceber a diferença que o poder do Espírito Santo de Deus faz em nossas vidas; as lutas continuaram, porém, passamos a ter vitórias sobre cada dificuldade que enfrentávamos, e descobrimos, pessoalmente, que para Deus nada é impossível!
Percebemos em pouco tempo, que o poder do Espírito Santo estava operando primeiramente em nossas próprias vidas. Começamos a ser curados das feridas da nossa alma, as enfermidades do corpo foram embora, (enxaqueca, dependência de calmantes, miopia etc.), nosso relacionamento conjugal foi restaurado e o Senhor nos chamou para este ministério, que, hoje, temos certeza absoluta, sem o poder do Espírito Santo seria impossível realizá-lo.
Apóstolo Jesher Cardoso e Maricleyde Lauletta Cardoso